A interferência do que sou no que meu filho vai se tornar

Já faz algum tempo
que eu li uma frase assim:
“A mais árdua
tarefa das crianças hoje em dia é aprender boas maneiras sem ver nenhuma”
…e vou explanar neste texto exatamente sobre
este assunto…
Não raro, na escola ou na clínica algum
adulto me procura preocupado com os comportamentos do filho ou aluno…
Não raro, este adulto vem reclamar que a
criança fica nervosa com facilidade e enquanto relata, ele dá socos no seu
celular… Não raro vejo este mesmo adulto que fez a queixa, xingando e buzinando
para os motoristas que estão na sua frente no trânsito.
Não raro, o adulto que reclama da apatia da
criança, ou adolescente, não consegue ver beleza em nada que há ao seu redor.
Não raro o adulto que reclama que a criança
ou adolescente não lhe respeita é ríspido e áspero no trato com as pessoas ao
seu redor.
Não raro o adulto que reclama que a criança
ou adolescente não sabe esperar demonstra muita ansiedade e não consegue ouvir
uma só palavra do que lhe é dito.
Não raro o adulto que reclama que a criança
ou adolescente não assume a responsabilidade por seus atos é incapaz de
identificar a própria responsabilidade sobre esta dificuldade do filho.
Não raro o adulto que reclama que a criança
mente se contradiz em vários pontos por que também usufrui da mentira em suas
relações.
Enfim, eu poderia passar o resto do dia aqui
descrevendo exemplos do que eu estou querendo dizer…
O fato é que o que parecia tão claro, deixou
de ser para nós adultos… Aquilo que você quer que seu filho seja ou se torne, é
o que você deve ser ou se tornar. Simples? Não, complicadíssimo, tão complicado
que muitas vezes recorre-se às estratégias mais mirabolantes: tratamentos,
remédios, punições, brigas e por aí vai…
É pessoal, o texto de hoje é sobre EXEMPLO
Crianças e adolescentes estão em fase de
formação, formando quem eles vão ser. Na adolescência normalmente eles tendem a
buscar modelos fora de casa e da escola, os amigos podem se tornar modelos e um
ídolo também. Mas na infância, a influência dos adultos é predominante e a
nossa responsabilidade fica ainda maior.
Deste modo, devemos ser exemplo de
assertividade, paciência, gratidão, gentileza, honestidade, e tudo o mais que
queremos ensinar. Devemos nós cumprir esta tarefa árdua, nos tornando aquilo
que ainda não somos, nos tornando pessoas cada vez melhores, ainda que também,
ninguém tenha nos ensinado.
Autora Talita Felipe parceira da AMPLIAR - Psicóloga escolar e infantil, Especialista em
Terapia Cognitivo Comportamental CRP 8 n°16669
Endereço: Centro Integra - Rua Souza Naves 3094 -
Cascavel - PR
Telefone: (45) 9912-6401 - Parceira da Equipe Ampliar
Comentários
Postar um comentário