PSICOTERAPIA EM GRUPO EM UMA ABORDAGEM FENOMENÓLOGICO-EXISTENCIAL COM ÊNFASE EM JEAN-PAUL SARTRE


BIOGRAFIA DE JEAN-PAUL SARTRE

Jean-Paul Sartre (1905-1980) foi um filósofo e escritor francês. A obra "O Ser e o Nada" foi o seu principal trabalho filosófico publicado em 1943, onde tenta caracterizar as estruturas fundamentais da existência humana descrevendo o choque entre a consciência e o mundo objetivo, de forma a destacar a característica que definia o ser humano e a sua liberdade. 

Foi um dos maiores representantes do pensamento existencialista na França, juntamente com Albert Camus e Simone de Beauvoir. 

Jean-Paul Sartre (1905-1980) nasceu em Paris, França, no dia 21 de junho de 1905. Filho de Jean Baptiste Marie Eymard Sartre, oficial da Marinha Francesa e de Anne-Marie Sartre, ficou órfão de pai com dois anos de idade. Mudou-se com sua mãe para Meudon, para a casa de seus avós maternos. Teve uma boa formação literária. Aos 19 anos, ingressou no curso de Filosofia da Escola Normal Superior de Paris. Fez o mestrado em Filosofia, na Sorbonne, onde conhece sua futura companheira Simone de Beauvoir. 

Sartre escreveu um romance, "A Lenda da Verdade", que não foi bem aceito pela crítica. Ganhou uma bolsa para o Instituto Francês em Berlim, para se dedicar ao estudo da fenomenologia do filósofo Edmund Husserl e as teorias existencialistas de Karls Jaspers e Martin Heidegger. Posteriormente, Sartre estudaria as obras de Kierkegaard. A partir desses estudos, Sartre elaborou sua própria ideia do existencialismo. 

Sartre era um intelectual engajado com os movimentos sociais na França. Era filiado ao Partido Comunista francês e apoiou a invasão comunista na Hungria feita pelo ditador soviético Stálin, sendo criticado posteriormente por intelectuais liberais, pela atitude contraditória com os ideais de liberdade que o filósofo pregava. Foi homenageado com o Prêmio Nobel de Literatura, mas se recusou a recebê-lo. 

Jean-Paul Charles Aymard Sartre morreu em Paris, França, no dia 15 de abril de 1980. Seus restos mortais foram sepultados no Cemitério de Montparnasse, onde também está sepultada sua companheira Simone de Beauvoir. 

Sartre publicou importantes livros, entre romances, contos e ensaios, como forma de disseminar seus preceitos existencialistas: "A Náusea" (1938), "O Muro" (1939), "O Imaginário" (1940), além de diversas peças de teatro, entre elas, "As Moscas" (1943), no qual fez uso da lenda grega para simbolizar o domínio alemão sobre a França na Segunda Guerra, "A Idade da Razão" (1945), entre outras. 

Jean-Paul Sartre foi o primeiro filósofo a se identificar como existencialista, numa época conturbada, pós-guerra, e contou com o apoio de sua companheira Simone de Beauvoir, que o incentivou a escrever seu primeiro romance chamado A Náusea (1958). A Náusea é um romance, e desta forma muitos dos escritos de Sartre foram neste estilo literário, entretanto abrangeram também escritos para teatro e escritos de natureza filosófica. As obras de Sartre foram importantes influências para a sociedade da época, ainda abalada pela Segunda Guerra Mundial (SILVA, 2010). 

Numa vaga tentativa de definição, visto a dificuldade em alcançar todos os aspectos deste conceito em Sartre, a liberdade pode ser caracterizada como a escolha que o homem faz de seu próprio ser e do mundo. Mas, por se tratar de uma escolha, ao passo em que é feita, geralmente, indica outras muitas escolhas quanto possíveis. O absurdo que se mostra da existência não revela as outras escolhas que poderiam ser feitas. (SILVA, 2010) 

Segundo a teoria existencialista de Sartre, somos obrigados a ser livres, não há determinismo, e qualquer tentativa de determinismo é considerada de má-fé. Assim sendo, nada pode determinar as decisões que tomamos, e tudo o que acontece em nossa vida é proveniente do passado e das escolhas que fizemos nele. Para Sartre o homem vive de escolhas e através dessas escolhas, dependendo de qual escolha fizer, é que o homem vai manifestar a sua presença no mundo. 

O homem primeiramente existe e, durante o processo de sua existência; ele se torna e vai construindo a essência; ou seja, a existência precede a essência, a essência é um construtor humano. (SARTRE, 1997) 

O pensamento sartreniano é de que o homem é um ser-no-mundo, considerado não de forma estática, mas em pleno movimento em constante ascensão; primeiramente é apenas Nada e constitui sua formação diante desse nada que é; porque, a priori, ele é um ser indeterminado e, por isso, vive insaciavelmente à procura do sentido de sua vida, valorizando cada experiência na edificação do mesmo. (SARTRE, 1997) 

O Nada coloca o ser e a consciência em questão. E a realidade humana é contornada pela forma como o Nada aparece no mundo: a própria falta. O Nada é o farol que esta à frente, acenando a todos. Por ser vazio, ausência, indefinição, ele suscita no homem um misto de terror e desespero pelo mistério que encerra e pela possibilidade de ter que enfrentá-lo. Com isso, há um desejo de ser um nada, e esse desejo encontra-se inserido no ser da realidade humana, devido à sua incompletude e indeterminação. (SARTRE, 1997) 

A procura pelo sentido das coisas e da vida se efetiva no homem, porque ele é um ser-Para-si, ser que questiona, que indaga, que se impressiona com a realidade e com a própria subjetividade. O ser-Para-si é um ser insatisfeito porque quer ultrapassar suas próprias fronteiras. Ele é algo que constrói a si mesmo. Atividade, indeterminação e incompletude definem a própria liberdade humana. Desta forma, há o desejo de ser é alimentado por aquilo que é um Nada. A realidade humana é, antes de tudo, seu próprio nada; é por isso que o homem precisa do outro como o nada que cria condições para tornar-se livre, portanto, é carência, ausência e vazio. (SARTRE, 1997) 

Cada ser humano tem sua própria liberdade de escolha, ainda que possua a consciência de que não lhe é permitido fazer apenas o que deseja; sabe que pode escolher, até mesmo não escolher, que é também, uma escolha. 

O indivíduo possui liberdade de escolha para fazer opções em sua vida e, em contrapartida, esta consciência de liberdade suscita no sujeito o aterrorizante sentimento de angústia. (SARTRE, 1997). Segundo Sartre (1997), nos momentos de crise existencial o homem para, percebe que existe algo errado e passa a questionar suas limitações, consequentemente, ele é tomado pela consciência do Nada. O sentimento de angústia reporta à realidade de um ser inacabado, autor de sua vida, embora seja incapaz de construí-la com perfeição. O nada é o oposto da plenitude do ser, farol que indica a distância entre onde nos encontramos e onde gostaríamos de estar. Dessa forma, a consciência aponta e define o homem como Nada em relação aos seus projetos e seu futuro; reclama insatisfação com o presente que vive e aspira o futuro que não tem, definindo-se e situando-se simplesmente como Nada que é e como Ser que gostaria de ser, mas ainda não é. Isto significa que o indivíduo é o único responsável por decidir sua vida e organizar seu entorno pela escolha de seus próprios métodos para alcançar seus objetivos. Sartre (1997) afirma que o homem nasce, vive e se desenvolve sozinho, sem nenhuma natureza anterior; pois, para ele Deus não existe e não há qualquer plano divino que determine o que deva acontecer, pois o homem é livre e nada o obriga a nada. É através da liberdade que o homem escolhe o que há de ser, escolhe sua essência e busca realizá-la. É a escolha que faz entre as alternativas com que se defronta que constitui sua essência, e que lhe permite criar seus valores. 

Não há como fugir a essa escolha, pois mesmo a recusa em escolher já é uma escolha. Ao escolher, o homem escolhe sua essência e a realiza. Este filósofo enfatiza que com a liberdade de escolha surge no indivíduo a inquietação existencial; ou seja, surge sempre no sentido de que o indivíduo sofre na pele a responsabilidade de ter que decidir sempre que a vida e suas situações o coloquem em uma encruzilhada de inúmeros caminhos a escolher. Então, sua postura nesta situação pode tomar as mais variadas formas: ele pode acomodar-se a uma determinada situação, aceitá-la ou mesmo combatê-la. Mas, sobretudo, de afirmar-se nesta tarefa e assumir a responsabilidade por suas opções, sejam essas quais forem, mesmo que esta atitude lhe gere muitas vezes inquietação, agonia e angústia. (SARTRE, 1997) 

A estrada a ser trilhada coloca o indivíduo face-a-face com seus desejos, com sua realidade nua. A angústia se dá através do reconhecimento de que os valores são individuais e únicos, e que pertencem a cada um e nada ou ninguém; seja Deus, a igreja, ou o partido político, pode de forma formar a si mesmo sem nenhuma causalidade, e por esse determinismo gera no indivíduo a náusea ou um grande vazio frente a sua própria existência, pois a angústia e náusea são sofridas pelo homem a despeito de si, pois o homem prefere o mundo em que vive, e por isso estas experiências se tornam insuportáveis. No mais, o homem não pode controlá-las ou pode-o somente em parte rever. (KIERKEGAARD,1968) 

Observamos, no pensamento de Sartre, a preocupação existencial de que o indivíduo deve fazer uma opção, quando se encontrar com um leque de possibilidades em sua vida. Esta consciência do poder de escolha gera nele angústia; trata-se de uma angústia simples, gerada pela responsabilidade de opções, pois o homem é livre e responde por suas escolhas, não podendo culpar a outrem por suas glórias ou fracassos. Ampliando esta questão, ele afirma: 

O homem é livre porque não é si mesmo, mas a presença a si. O ser que é o que é não poderia ser livre. A liberdade é precisamente o nada que é tendo sido no âmago do homem e obriga a realidade humana a fazer-se em vez de ser. [...], para a realidade humana, ser é escolher-se: nada lhe vem de fora, ou tampouco de dentro, que ela possa receber ou aceitar. Está inteiramente abandonada, sem qualquer ajuda de nenhuma espécie, à insustentável necessidade de fazer-se ser ate o mínimo detalhe. Assim, a liberdade não é um ser: é o ser do homem, ou seja, seu nada de ser (SARTRE, 1997, p.545). 

No entender de Sartre, o indivíduo está “condenado à liberdade”; e que não há limite para a liberdade individual, exceto o fato de que não somos livres para deixarmos de ser livres. O ser humano é livre, só e sem escusas. Por esta razão, cada indivíduo tem o dever de fazer de si o que quiser. O indivíduo tem a liberdade de mudar sua vida, seus desejos e buscar um novo significado para sua existência; sendo assim, ele encontra-se abandonado à sua própria sorte, não tendo em que se apegar. (ALMEIDA, 1998) 

Para Sartre, o peso da consciência da liberdade e a responsabilidade advinda desta geram no indivíduo uma sensação ambígua, de poder e medo. O indivíduo, ao se deparar à beira de um penhasco perigoso, por exemplo, sente o medo de cair invadi-lo, sente a angústia ao pensar que nada, absolutamente nada, o impede de jogar-se lá embaixo, de se lançar no abismo. O pensamento mais angustioso é quando, num dado momento, ele tem a consciência que só cabe a ele decidir pular ou não pular. O peso da responsabilidade de decidir a cada momento torna a vida, por muitas vezes, insuportável. (KIERKEGAARD, 1968) 

Sartre (1997) usa o termo angústia para descrever o reconhecimento da total liberdade de escolha que confronta o indivíduo e o desafia a cada momento de sua existência. O indivíduo tem receio que, através de sua liberdade de escolha, venha a tomar uma decisão “equivocada”, que afete irremediavelmente o curso de sua existência. 

Sartre, também, afirma que a angústia é o resultado da sensação do alcance de nossas escolhas, o indivíduo ao reconhecer a verdade de suas escolhas é invadido pelo doloroso sentimento de angústia. Para este filósofo, o próprio homem é o fundamento para as suas escolhas, mas a responsabilidade e a consciência de liberdade é um fardo pesado demais para qualquer indivíduo; ou seja, o indivíduo não pode culpar ou responsabilizar ninguém por suas escolhas e, com isso, a sua própria escolha volta para si mesmo, causando angústia.
A angústia surge na medida em que o indivíduo não é suficientemente preparado para o futuro que ele tem de ser, restando para ele apenas todos os sentimentos de conflitos em sua existência. Sartre argumenta que ele é um indivíduo desencantado com o mundo e com a humanidade. Segundo ele, ter, fazer e ser são categorias fundamentais da realidade humana, sendo a liberdade, o valor essencial desta condição. O fundamento filosófico de Sartre é, sobretudo a liberdade individual (ALMEIDA, 1998).


Este autor pontua que, para Sartre a liberdade, ao mesmo tempo em que é almejada, suscita incertezas no indivíduo, em situações concretas de escolhas, em que a busca de um sentido maior possa suprir os limites estabelecidos e preencher o “vazio” que o invade. Quando o indivíduo conscientiza-se de sua liberdade, surge o medo e, então, insurge-se a angústia. O homem vive constantemente a incerteza de suas opções e suas possíveis e temidas consequências. 

Sartre (1997) afirma que a angústia é apenas angústia e sua relação com a liberdade, mera constatação da fragilidade humana. Deste modo, cada indivíduo carece de proporcionar atenção às próprias necessidades, aprender a se conhecer, a se descobrir enquanto indivíduo.
O indivíduo, teoricamente, tem o controle de si próprio e do que envolve sua vida, seus sentimentos, seus pensamentos e suas atitudes, nada além disso. Neste sentido, ele afirma: Sou responsável por tudo, de fato, exceto por minha responsabilidade mesmo, pois não sou o fundamento do meu ser. Portanto, tudo se passa como se eu estivesse coagido a ser responsável. Sou abandonado no mundo, não no sentido de que permanecesse desamparado e passivo em um universo hostil, tal como a tábua que flutua sobre a água; mas, ao contrario, no sentido de que me deparo subitamente sozinho e sem ajuda, comprometido em um mundo pelo qual sou inteiramente responsável, sem poder, por mais que tente, livrar-me um instante sequer, desta responsabilidade, pois sou responsável até mesmo pelo meu próprio desejo de livrar-me das responsabilidades ... (SARTRE, 1997, p.680)


Sartre é considerado como um intelectual duro, desencantado com o mundo e cujo pensamento parece haver asfixiado todo o sentimento onde só há lugar para a determinação da razão. Afirma que todo o indivíduo é movido por um projeto fundamental, o projeto de autorrealização. Ele enfatiza que todo ser humano tem o sonho de ser um indivíduo que pode realizar toda a sua potencialidade, todos os seus projetos. (ALMEIDA,1998) 

Sartre considera que só através da liberdade de escolha, é possível ao indivíduo realizar seus desejos para, dentre todas as alternativas viáveis, realizar a mais importante para si; ou seja, aquela decisão que irá levá-lo através de um caminho mais curto ao seu propósito fundamental de vida. Esta é, para ele, a verdadeira liberdade da qual nenhum indivíduo pode escapar; não apenas a liberdade de realização, mas, sobretudo, a liberdade de eleição, pois cada escolha carrega consigo uma responsabilidade; portanto, ser livre é, também, ser responsável. A liberdade só funciona para o indivíduo quando ele age responsavelmente. “Uma das máximas deste filósofo consiste em afirmar que o importante não é o que o mundo faz com cada ser humano, mas sim, o que cada ser humano faz com aquilo que o mundo fez dele” .(SARTRE, 1997) 

Ele acrescentou que o indivíduo que realiza todos os seus projetos torna-se um Em-si, e que projeto fundamental do ser humano é tornar-se Em-si; ou seja, um ser que realiza todas as suas potencialidades, toda a sua capacidade de viver plenamente. 

A partir de seus estudos, Sartre afirma que a existência humana é contingência, ou seja, liberdade e indeterminação. Isto significa que a existência se traduz por uma angústia imediata, isto é, um sentimento inerente de absurdo perante a existência. Para ele, existir é ter consciência, pois, sem consciência, não existe existência propriamente dita. A consciência é um ser cuja existência estabelece a essência e o ser está em toda parte. É a partir da tomada de consciência e do peso da responsabilidade por si e por suas opções que o sujeito pode, apesar da angústia, tomar as rédeas de seu destino (SARTRE, 1997).


COMPREENSÃO SOBRE O FENÔMENO GRUPO 

O grupo em Sartre utiliza a lógica da dialética. O grupo não é uma estrutura totalizada, acabada. É um processo em marcha, um movimento sempre inacabado que exclui a ideia de maturidade. Nela se estabelece é o vínculo de cada membro como grupo e com os outros em relação dialética ternária. Similar à ideia de liberdade. Cada um é o grupo, e o grupo está em cada um de nós. É portanto, pelo grupo que todas as terceiras pessoas são mediadas. 

Na sua formação ele passa por diferentes etapas e tentativas de sobrevivência, demonstrando as diferentes possibilidades de relação em grupo. Cada uma implica na seguinte. São elas: fusão, juramento, organização, fraternidade-terror, e a institucionalização. Ressalta-se também que se constitui numa tentativa de luta contra a alienação e a serialidade, unindo o grupo diante de um perigo comum. 

Se uma pessoa toma consciência da sua alienação e da sua solidão, existe nela o embrião para a fusão, se a fusão acontece condiciona o aparecimento do juramento, e assim por diante. 

Alguns conceitos serão elencados para maior entendimento: 

Serialidade: É um tipo de relação na qual cada membro aparece como substituível por outro, ou seja, indiferenciado (um número intercambiável). É uma forma de coletivo que recebe do exterior a sua unidade. 

Alienação: Algo que faz parte da práxis humana, desde o seu nascimento. Tem que lutar contra isso. A matéria enquanto trabalhada, expressa o homem, o objetiva, mas também aliena o trabalho envolvido nela. 

Reciprocidade: O grupo se constitui na luta contra a serialidade e a alienação, pela superação das mesmas. Com a superação da serialidade se alcança uma unificação das liberdades, e com ela, a relação de reciprocidade. A reciprocidade é a relação na qual cada um é para o outro como ele mesmo. Já não é idêntico com coisa, mas o mesmo que ele, no sentido humano. Ocorre uma interiorização do outro como vínculo humano. 

Práxis do Grupo: É o processo mediante o qual o grupo luta contra a serialidade e a alienação. O grupo se reúne para realizar algo. Tanto para dentro quanto para fora, o grupo se trabalha, é uma práxis incessante. 

Fusão: É o primeiro momento da saída da serialidade. Certas condições são necessárias para que surja a fusão: certa tensão ou necessidade, desejo de mudar esta situação. Nesta passagem, cada pessoa reage de uma maneira nova: não como um indivíduo isolado, mas como encarnação da pessoa comum ou grupo. Ainda nesta fase o grupo não é estruturado. 

Juramento: Um vínculo afirmado com a finalidade de manter o grupo junto. É uma ação regulativa, na qual cada um reafirma a disposição de permanência no grupo. O juramento é o poder de cada um sobre todos e de todos sobre cada um. O juramento me garante contra minha própria liberdade e ele institui o meu controle sobre a liberdade do outro 

Organização: O grupo procura objetivos comuns, primeiro trabalha a si mesmo para depois trabalhar para fora. Repartição de tarefas e poder, neste estágio o indivíduo comum pertence ao grupo na medida que efetua uma certa tarefa. Funções bem definidas, tarefa a preencher. Conflito quando da indeterminação de funções. Estrutura a organização funcional do grupo. 

Instituição: Na institucionalização se dá uma separação dos membros no espaço: diversidade de tarefas e isso impõe a separação e a especialização. Existência dos subgrupos, e estratificação do grupo pela especialização. O poder é conferido a alguns que se encarregam de funções. Difícil reconhecer o outro como o mesmo, a alteridade reaparece. Não existe fusão. Há o perigo da alienação ao chegar a institucionalização. 

Fraternidade-terror: As expressões de fraternidade-terror começam a esboçar-se no grupo, a medida que ele entra na fase de organização. É o temor frente a possibilidade da desorganização do grupo e a semente está no juramento. São práticas que procuram o controle das possibilidades de fuga, de desvios, e de não participação e toma formas mais duras que nas etapas precedentes. No terror a pressão é maior do que no juramento. 

O atendimento psicológico grupal por vezes é visto como menos eficaz comparado ao atendimento individual. Porém é necessário destacar que este modelo de atendimento apresenta diversos benefícios, contudo pela singularidade de cada indivíduo envolvido e que como cada um significa isso. A caracterização dessa abordagem é a ideia que não existem pressupostos que determinam previamente objetivos para o grupo, sendo então uma proposta metodológica de leitura dos fenômenos grupais e buscando compreender a existência como coexistência, reconhecendo a importância das interações sociais na constituição da identidade de cada um. 

Uma questão a ser abordada, é o fato, de que o senso comum e até mesmo algumas teorias psicológicas tentarem “encobrir” o significado dos fenômenos. Porém este termo fenômeno, em Grego Phainomenon, apresenta-se como algo que se mostra, aquilo que aparece em si, distinguindo da ilusão. Desta forma, o estudo dos fenômenos grupais tem por objetivo de conhecer aquilo que aparece, que se mostra, tal como se mostra, e não de acordo com o que nossas ideias previamente delimitam.

O método fenomenológico compreende, que todos os fenômenos que aparecem, são de uma infinidade de modos possíveis de aparecer, por isso, no processo grupal, é importante que se tenha narradores sobre aquilo na qual que se apresenta. O condutor do grupo tem uma compreensão sobre o que ocorre, e nas situações em que há mais de um condutor, é normal que cada um compreenda os fenômenos de modos diferentes. Isso não quer dizer sobre a capacidade do condutor em compreender os fenômenos tal como se apresentam, e sim as formas nas quais se apresenta. Nos casos em que o grupo pode dispor de observadores, eles também trazem outras versões. Os participantes do grupo têm outras compreensões do que acontece com eles nesse contexto. Assim, a compreensão do que acontece no grupo depende destas várias perspectivas e da certeza de que nenhuma delas delimita o fenômeno. 


PRINCIPAIS CONCEITOS PARA A COMPREENSÃO SOBRE O FENÔMENO GRUPO 

Nós-sujeito 

Quando apanho uma condução ou vou a um teatro, sou apenas “o usuário”, “ o anônimo espectador”. Assim agindo, sou transcendência transcendida: assumo a experiência de uma transcendência comum dirigida para um fim único igual para todos. insiro-me na grande “ corrente humana”. P. 207. 

Neste exemplo trazido por sartre ele demonstra que nós somos seres individuais mais não individualizantes, que nós participamos do convívio social e isso nos compõe nos gera, faz de nós participantes de todas as singularidades que encontramos. Agrupando nosso interesse (intenção) com outros sujeitos que também o fazem. 

O Nós-sujeito, diz a respeito dessa relação com o espaço, tirando a individualidade de cada um, validando assim o olhar do outro para determinada situação e/ou objeto. 

Nós-objeto 

Se verifica quando somos vistos por um terceiro excluído da nossa relação. Em um primeiro nível este terceiro rouba a nossa subjetividade. Assim, eu e o outro já ficamos como que equivalentes e solidários, já não nos distinguimos somos um “Ser captado de fora”. P. 208. Este conceito intriga, pelo fato do objeto, contudo, é importante ressaltar que mesmo que nós não tenhamos a consciência de sermos observados por um sujeito fora de nossas relações, como diz o texto “vistos por um terceiro” e consequentemente da visão que foi criada a nosso respeito, mesmo este terceiro não conhecendo nossas individualidades e nos conhecendo através do olhar de fora, o texto relata esse momento com a expressão de que, “temos nossa subjetividade roubada” e com isso nos diferenciamos dos demais, pois participamos do fenômeno gerado pelo sujeito que nos observa. 

O texto ainda relata o quão importante e válido é este olhar de um terceiro “excluído” para nós, pois este sujeito compreende as diversidades de cada indivíduo, de uma maneira em que os próprios indivíduos na sua subjetividade, não tem como perceber ou captar. “Nada sou sem o olhar do Outro.” (PERDIGÃO, 1995). 

O “Ser-Com” 

A experiência do nós é uma espécie de recurso psicológico para nos sentirmos “no meio dos outros”, recurso que reflete o anseio por uma unidade real desejável, mas que nunca se realiza. A subjetividade permanece sempre fora do alcance, sem que eu “saia de mim” nem os outros “saiam de si”. P. 210. 

É eu sei parece que este conceito contradiz o anterior, contudo a forma que ele traz nas falas anteriores é de forma ilustrativa, preservando aqui a questão de não conseguirmos de fato a subjetividade de alguém, nem mesmo a nossa é algo palpável e de total conhecimento e domínio nosso, é como traz o texto, “Sinto-me por vezes membro de um “nós”, porém esse “nós” não tem estrutura ontológica real” Perdigão (1995, p. 210). Pois a mesma sempre estará fora do alcance, mas não fora de nós. No entanto o sentimento que se tem é de que nos sintamos próximos, e isso reflete no desejo humano da homogeneidade. 

O GRUPO EM FUSÃO 

Como podemos ter uma consciência coletiva se ela é algo que está na singularidade do sujeito, e não pode ser sentida ou experimentada pois é composição da subjetividade de cada sujeito. 

No grupo as liberdades se associam, agregam esforços e lutam juntas para transformar uma situação, com vistas a um fim comum” Perdigão (1995, p. 211). 

Ou seja, se faz necessário o mesmo objetivo, para que as liberdades se unam e lutem juntas, exemplo disso é as manifestações. (Perdigão, 1995). 

A aparição do grupo-em-fusão não é induzida, mas surge de uma integração desejada e obtida dentro do projeto e da ação de cada membro. Já não mais ocorre, aqui, uma união de exterioridade, como na série. No grupo, há uma união de interioridade. Ou seja: os próprios membros do grupo criam o grupo. Perdigão (1995, p. 213) 

O “SER-NO-GRUPO” 

A inteligibilidade repousa em Sartre como o terceiro mediador (mediador) ou seja todos que estão no grupo passam a conjugação de terceiros unificadores unificados, uma dupla mediação de cada um sobre todos e de todos sobre todos. P. 213 

Cada membro é um Para-si , aquele que busca eternamente preencher o que lhe falta. A pura transcendência da subjetividade de cada um impede que a própria pessoa se apreenda a si mesma como realidade objetiva dada e acabada - porque, como sabemos, o ser objetivo do indivíduo só existe para o outro que o contempla do exterior. LOGO, POR MIM MESMO POSSO UNIFICAR MEU PRÓPRIO “SER-NO-GRUPO” NÃO TENHO COMO ME CAPTAR A MIM COMO “INTEGRADO E JÁ FEITO” P .214-215. 

O GRUPO COMO PRÁXIS 

O exposto não deve ser entendido como relações imóveis de pessoas em repouso: tudo se determina em uma efervescente atividade, na ação manifesta de indivíduos que atuam juntos. A unidade do grupo surge pelas relações da atividade prática de seus membros em um único movimento endereçado a um fim comum. PAG.216 

O GRUPO COMO SER 

Sartre descarta a hipótese de que o grupo possa se constituir em um ser objetivo e concreto. O grupo afigura assim como uma entidade biológica igual ao corpo do indivíduo, só que com maiores proporções. Conforme tal “enfoque biológico” o grupo seria um imenso organismo, ampliação de um homem em escala gigante! O eterno drama do grupo, com efeito, é atingir esse estado de ser concreto. Assim como o Para-Si, vive buscando a plenitude do Em-Si, mas sem querer perde - se como Para-Si, o grupo procura solidez e a permanência de um super-organismo. Eis aqui novamente o medo da liberdade: já que o grupo não tem meios de agir se não pela a práxis de seus membros e já que são as livres relações práticas dos indivíduos que detonam e sustentam, existe o contínuo risco de dissolução, porque essa liberdade agrupada não possui um esqueleto concreto que estabeleça o grupo em bases definitivas de existência. 

Para a compreensão dos grupos proposta por Sartre necessário se faz, antes de mais nada desvencilhar se do modo de pensar determinista e racional, da lógica das coisas prontas e acabadas. A inteligibilidade dos grupos passa pela dinâmica da troca e da reciprocidade, dinâmica está inscrita numa relação dialética. 

O homem é mediado pelas coisas na mesma medida em que as coisas são mediadas pelo homem. 

O grupo, portanto, não pode ser pensado como uma totalidade pronta, acabada, e sim como uma totalização em processo. E a dialética dos grupos será o movimento sempre inacabado dos grupos, que surgem e se mantém através da práxis. 

A totalização que constitui o grupo é sempre buscada mas nunca conseguida de modo definitivo. 

Totalização sempre inacabada, jamais constituindo-se como totalidade, um ser-do-grupo que transcenda os próprios indivíduos agrupados. Grupo é movimento constante de desenvolvimento sem jamais atingir uma totalidade estruturada. O grupo se trabalha, assim, constantemente. É uma práxis comum, grupal, com seus componentes estabelecendo uns com os outros relações que constituem o grupo. Nesse sentido Sartre define grupo como ato e não como ser. É a ação do grupo sobre si mesmo. 

O PROCESSO GRUPAL 

O momento da fusão (nascimento do grupo) acontece com a tomada de consciência de uma tarefa comum (a partir da necessidade, escassez, perigo, etc.) onde cada um depende dos demais. É o momento em que indivíduos isolados tomam consciência de sua interdependência, de seus interesses comuns. Estabelece-se um "degelo" das comunicações. 

A unidade é a unificação vinda do interior da pluralidade das totalizações. A unidade do grupo, segundo Sartre, é dada pela ação grupal, pela unidade das ações. A unidade do grupo é prática. Não é ontológica, de um ser ou estado, mas de um ato em curso. (1, p. 66 - Vol. II). 

O JURAMENTO 

Uma vez constituído o grupo, há o risco constante de nova dispersão (volta à série). Surge então o "juramento" cuja origem é o temor permanente da dispersão inicial, caracterizando-se como compromisso: a liberdade de cada um comprometido com a permanência no grupo. "E quando a liberdade torna-se práxis comum para construir a permanência no grupo produzindo por ela mesma e na reciprocidade mediada sua própria inércia, este novo estatuto chama-se juramento". 

O juramento revela o surgimento de um estatuto de permanência no grupo que faz surgir a organização do grupo como objetivo imediato do grupo organizado. 

ORGANIZAÇÃO 

O grupo se toma como objetivo e a "organização como ação do grupo estatutário" recai sobre si mesmo e seus membros. Isso quer dizer que o grupo se trabalha: se faz grupo e só continua a ser grupo na medida em que se faz continuamente. Significa uma auto-criação contínua. O grupo se trabalha (se organiza) para poder lograr seus objetivos. 

Sartre usa o exemplo de uma equipe de futebol, onde "a função de goleiro, atacante, etc., apresenta-se como uma predeterminação para o jogador que inicia sua carreira". O jogador é significado por essa função. Cada um exige dele "pela equipe" que faça o seu dever no interior do quadro definido pela organização. A função é uma "tarefa a preencher". No momento do jogo os atos particulares do jogador "não apresentam qualquer sentido a não ser em conjunto com todos os atos dos demais jogadores de sua equipe". Isto é, "cada função supõe a organização de todas". 

O GRUPO NA ABORDAGEM FENOMENOLÓGICO-EXISTENCIAL

O grupo a partir desta abordagem destaca-se com maior representatividade na historicidade na Europa, onde as guerras têm valorizado muito essas questões, ao contrário do que ocorre na América do Norte. 

A abordagem dos autores Yalom e Leszcz (2006), demostram que os membros de uma psicoterapia em grupo dão grande importância aos fatores existenciais e, os denominam como agentes de mudanças, mesmo quando o terapeuta segue outra linha teórica e de outra fundamentação para melhorar o caso. 

Segundo Andrade & Morato (2004), as práticas dos grupos psicoterápicos precisam ser embasada em um modo de agir que considere o sujeito na sua universalidade, complexidade e em vários aspectos que integram seu modo de ser, que se aproxima o fenômeno humano propriamente dito. 

Nessa perspectiva trazida por esses autores o terapeuta na psicoterapia de grupo buscará acolher a alteridade e compreender o sujeito sobre o seu modo de Ser-o-Mundo. Sendo assim, não busca explicar os comportamentos do outro em termo de causalidade. O terapeuta sai da posição de “aquele que sabe” para se colocar na condição de um mediador para traçar um sentido conjunto, para isso, ativa uma postura de ver o outro no seu modo de ser, pensar, de sentir e de se expressar, que são idiossincráticos e se se altera nas suas relações com o mundo. Através da compreensão de todo esse referencial teórico discutido, podemos compreender a importância de uma abordagem fenomenológico-existencial no trabalho com os grupos. 

A psicoterapia em grupo possibilita trabalhar as histórias existenciais, formando uma rede de histórias que vão ressignificando um sentido diferente, assim que compartilhadas com o grupo. A troca, a reciprocidade e o acolhimento que se partilha tem uma força diferente e até mais forte do que o acolhimento individual, pois estando os membros com a mesma condição o sentido se faz em sua maior potência. 

Sendo a Fenomenologia-Existencial uma abordagem descritiva, o terapeuta se mantém fiel o que é trazido pelo paciente, favorecendo um acesso mais direto ao fenômeno. Tomando como base a psicoterapia em grupo traz suas experiências vividas, desvelando os significados que o sujeito compreendeu para o que ocorreu. Este é o movimento de afetar o outro e, de se afetar pelo que é do outro. O trabalho favorece uma ampliação da consciência de cada pessoa participante no grupo, propiciando uma melhor visão de si, de si no mundo e de si nos relacionamentos. 

Dar ênfase à vivência do “aqui e agora”, tudo o que se verbaliza é considerado importante, mas a forma como se explana as relações dentro do grupo, como os indivíduos se sentem ou não ouvidos e ou constrangidos, mobiliza o grupo. Sendo muito valiosa a relação e o conteúdo que se ressignifica na psicoterapia. 

A Fenomenologia Existencial traz possibilidades de se trabalhar as histórias existenciais, e no grupo, essas histórias se cruzam trazendo uma compreensão diferente através do olhar do grupo. 

Além disso dentro do grupo, o psicólogo pode perceber como se dá o relacionamento entre os membros, considerando que o modo de Ser-no-Mundo do cliente mostra-se também na relação entre ele e outros clientes. Outros benefícios elencados sobre a fenomenologia para o trabalho com grupos foram: valorização da vivência do “aqui e agora”, maior liberdade do psicólogo que sem partir de um modelo previamente decidido pode atender melhor às demandas; manter-se fiel ao fenômeno, tendo um acesso mais direto a ele; maior possibilidade de o cliente encontrar novas formas de lidar com determinada situação. 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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ALVES, Paulo Eduardo Rodrigues. O método fenomenológico na condução de grupos terapêuticos. Rev. SBPH [online]. 2013, vol.16, n.1 [citado 2018-11-07], pp. 150-165 . Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-08582013000100009&lng=pt&nrm=iso>. ISSN 1516-0858.

ANDRADE, A. N. de & MORATO, H. T., Para uma dimensão ética da prática psicológica em instituições. Estudos de Psicologia (Natal), 2004, vol.9, n.2, pp. 345-353.
BECHELLI, Luiz Paulo de C. And Santos, Manoel Antônio dos. Psicoterapia de grupo: como surgiu e evoluiu. REV. Latino-Am. Enfermagem, 2004, vol.12, n.2, pp. 242-249.
BORGES, Lenise Santana. O GRUPO EM SARTE – Arquivo disponível em: < https://www.professor.pucgoias.edu.br/.../Texto%208%20-%20Grupo%20para%20Sartre.ppt > Acesso em: 05 Nov de 2018;

KIERKEGAARD, Sören Aabye. O conceito angústia. Tradução de Torrieri Guimarães. São Paulo: Hemus, 1968.
PERDIGÃO, Paulo. Existência e Liberdade: Uma Introdução à Filosofia de Sartre. Porto Alegre: L&pm, 1995. p. 207-232.
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SILVA, A. S. O conceito de liberdade segundo a teoria existencialista de Sartre. Monografia. Brasília: Universidade Católica de Brasília/UCBV, 2010. 42 p.
YALOM, I.D. & LESZCZ M. Psicoterapia de Grupo: Teoria e Prática. Tradução: Ronaldo Cataldo Costa – Porto Alegre: Artmed, 2006. 5ed. Cap. 1,2,3 e 4.


Autores são acadêmicos da 3ª Serie  Curso de Psicologia – UNIPAR – Universidade Paranaense - Campus Cascavel/PR

Aline Detoni

Caroline Lolli

Denise Dall Pozzo Terra

Heloisa Barbosa da Silva

João Pedro Clivati

Marcos Vinicius Pacheco

Mateus Pantolfi Tostes

Matheus Diovane Viana de Souza

Tayara Chagas de Brito

Tawane Laila de Lazari

Sidnei Eugênio de Oliveira

Artigo de responsabilidade dos autores

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