O RETRATO DE DORIAN GRAY - UMA ANÁLISE PSICOLÓGICA


O Instituto Ampliar com a psicóloga Monique Farber em parceria com o estagiário Sidnei de Oliveira, ampliaram as possibilidade do espaço para dialogar sobre a análise psicológica da obra “O retrato de Dorian Gray”, o qual  suscita traços importantes do caráter narcisista, explanado no romance de Oscar Wilde, em que manifesta o belo e a busca pela eterna juventude. A obra exalta fatores característicos do protagonista que refletem, com admirável dose de verossimilhança, o processo narcísico: a supervalorização da imagem em detrimento da consciência a contenção do prazer do Ser, à falta de sentimentos, a sensação de vazio e a obsessão por poder. Promove, ainda, uma reflexão sobre os rasgos de ironia, sarcasmo e desencanto, que verbaliza não apenas um narcisismo “individual” como expõe principalmente, um narcisismo “coletivo”. A análise psicológica do conteúdo é primordial por constituírem indicadores para organizar uma reflexão sobre transgressão do conceito da Psicologia, da arte, da sociedade. A escolha do livro se dá pela abrangente possibilidade da observação do objeto, visto que toda a apropriação auxilia na melhor análise do foco explanado, a humanidade, bem como a apresentação de conceitos do Ser, Eu-real , Eu-ideal, Imagem, Consciência, Projeto original, Autenticidade e Má-Fé. Ao fim são expressas as considerações derivadas da análise postulada.
A inquietude da natureza humana faz com que se interrogue sobre inúmeros aspectos sobre a existência, assim como o ciclo da vida e o medo da constatação da finitude existencial. Ser eternamente jovem, como elemento inicial da existência, e almejar seu prolongamento de uma forma ou de outra, são ações adotadas por muitos para retardar o estágio final da existência, que é a morte. Conectado a esses aspectos apresentado encontra-se como objeto de destaque na literatura e nas artes em geral, que é o mito da imortalidade como forma de transcender essa finitude.
Sendo a imortalidade na concepção científica, algo intangível, surge o tema central da nossa análise, ou seja, uma referência a um dos mitos mais aclamado pela critica; aquele que historicamente quis transcender a morte e alcançar o saber inacessível em sua finita existência através de um pacto demoníaco concebendo a sua alma, mantendo-o eternamente jovem e belo.
Revisitando esse pacto Faustico, a nossa reflexão tem como trabalho investigar os pontos que dialogam no romance de Oscar Wilde (1854-1900) “O Retrato de Dorian Gray” (1890), considerando a relevância dos elementos no construto dessa narrativa, intencionando demonstrar a ocorrência do narcisismo, materializado na obra.
A justificativa para escolher esse autor inglês surge de uma grande admiração pela obra “O retrato de Dorian Gray” e por esse misterioso enredo envolvente, associado à riqueza e diversidade de fatos, aspectos e elementos que a permeiam o fenômeno psicológico. 
Assim, a partir do suporte teórico de autores que versam sobre a linguagem e a Psicologia, adotamos a metodologia da análise psicológica, o qual, fomos embasados pela teoria fenomenológica-existencial e, utilizamos da literatura fenomenológico-existencial e seu método analítico. Enfatizamos que, sobretudo, não estamos cristalizando o conhecimento explanado neste análise, mas demonstrando uma visão das perspectivas possíveis sobre os fenômenos analisados.
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Autor: Sidnei de Oliveira
Acadêmico da 4 série do curso de Psicologia - Unipar/Campus-Cascavel
Estagiário da equipe AMPLIAR

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