COMUNICAÇÃO NÃO VIOLENTA
O Instituto AMPLIAR no dia 22/06/2019 às 18h na página do facebook da psicóloga Monique Farber promove um diálogo sobre CNV, com a participação da (psicóloga Danielle Martins CRP 08/23939 e do Advogado, Mediador e Professor Universitário Leonardo Garcia). Fica o convite para todxs compreenderem o que é CNV! Participem desta coletividade!
Boa parte dos conflitos que temos com outras pessoas podem ser causadas mais pela forma como expressamos nossas ideias do que propriamente pelas diferenças de opinião. Baseado nesta crença, o psicólogo Marshall Rosenberg desenvolveu o conceito de Comunicação Não Violenta (CNV), que seria capaz de propiciar a compaixão e a empatia (também por isso reconhecida de Comunicação Empática).
A CNV, nas palavras do psicólogo, “começa por assumir que somos todos compassivos por natureza e que estratégias violentas – se verbais ou físicas – são aprendidas, ensinadas e apoiadas pela cultura dominante”. No entanto, em um espaço que estimule a competitividade, a dominação e a agressividade, tendemos a nos reproduzir violentamente. Ao contrário, tendemos a agir com generosidade em ambientes acolhedores e cooperativos.
Sendo assim, cada pessoa que esteja disposta a atentar para a sua forma de comunicação pode promover mudanças ao seu redor, em seu círculo familiar, profissional ou social, através de atos de acolhimento das necessidades do outro, da percepção do que ele está comunicando com a agressividade, o cinismo, a indiferença. Ninguém gosta de estar em constante atrito com os outros. É comum que por traz destes comportamentos haja uma dor muito grande, que a pessoa tenta mascarar.
Promover a CNV é exercitar a capacidade de se expressar sem julgamentos e sem classificações de “certo” e “errado”, que buscam “vencer” um debate com o interlocutor e provar um ponto de vista. Uma ideia da comunicação não violenta é, ao invés de acusar o outro por atos com os quais não concordamos, dizer como nos sentimos diante deles. Ao ser chamado de violento, egoísta ou agressivo, o outro tende a se defender, justificar-se ou culpar fatos/agentes externos. Mas, se dissermos que ficamos tristes, angustiados ou nos sentimos desrespeitados diante da certa atitude, mostramos para o outro a nossa humanidade e as consequências de suas ações, possibilitando uma aproximação. Ao explicarmos o que sentimos, possibilitamos ao outro rever suas atitudes para não nos magoar, além de oportunizamos que ele fale sobre as emoções que o levaram a praticar certas condutas. Pode parecer, à primeira vista, que a CNV nos leve a nos calar diante de ofensas ou agressões, mas é justamente o contrário: ela é totalmente fundada na comunicação honesta e transparente, que não se limita aos fatos analisados sob a nossa ótica (ex.: “você me deixou esperando por horas!”), mas foca nos sentimentos (ex.: “me senti abandonado quando você não apareceu”). Trata-se de uma comunicação mais eficaz do que a acusatória, que devolve ao outro todo o nosso ressentimento, e também do que aquela que se cala passivamente, que nos sufoca nos nossos próprios rancores.
Usar o principio da Comunicação Não Violenta é uma tarefa complexa, depende de vontade, disposição e de um desejo de melhorar a si mesmo e as relações que desenvolvemos em nossa vida diariamente. É um exercício, um aprendizado consigo mesmo e com os outros. Uma construção coletiva.
Autor: Sidnei de Oliveira
Acadêmico da 4 série do curso de Psicologia - Unipar/Campus-Cascavel
Estagiário do Instituto AMPLIAR
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