A ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO
HOSPITALAR
Resumo: A proposta deste artigo de pesquisa
tem ênfase na aplicabilidade da psicologia hospitalar brasileira, na perspectiva
de uma psicóloga desta área de atuação. O presente artigo é de grande
importância para o meio social, pois, analisando este estudo no contexto
científico, ele se torna significativo, para que os estudiosos, principalmente
os que estão dentro da área da psicologia, podem sentir interesse e talvez
pensar em se aperfeiçoar nessa área. Além da relevância social do assunto
tratado, o crescimento pessoal dos acadêmicos do curso é evidente, visto que a
as inovações no tema estudado são constantes e devem estar sempre sendo
revisadas pelos estudantes do curso de psicologia, a fim de terem conhecimento
nos diversos campos de atuação do psicólogo. Este objeto de estudo consiste em
uma retificação, tendo como principal objetivo entender como é para o profissional
desta área atuar nesta profissão, quais os principais desafios e conquistas
nesta atuação e como é lidar com o trabalho em equipe e multidisciplinar.
Segundo Calatayud (2011), a psicologia da saúde surgiu na década de 60, tendo
cuba como primeiro país. Seguido pelos Estados Unidos em meados da década de
70. Logo após a Europa, onde as discussões se iniciaram também na década de 70,
por Portugal, Inglaterra e Espanha (Baptista, Baptista & Dias, 2003). Só
depois disso, finalmente ela chegou ao Brasil por volta da década de 80. De
acordo com Carrobles (1993) a psicologia da saúde é uma disciplina
interdisciplinar, transdisciplinar e multidisciplinar, envolvendo áreas como:
psicologia clínica, psicologia social comunitária, saúde pública,
epidemiologia, antropologia, sociologia, medicina, etc. Essa área da psicologia
estuda o comportamento humano no contexto da saúde e da doença, incluindo as
doenças mentais e físicas, possuindo como objetivo, compreender, explicar,
desenvolver e tratar teorias, analisando o papel do comportamento na etiologia
da doença e da psicologia na vivência e no tratamento da doença, como cita
Godoy (1999). Tendo em vista que, para realizar o presente artigo,
metodologicamente serão utilizadas, pesquisas bibliográficas, sobretudo sendo
consultados artigos de revistas virtuais, seguido de uma pesquisa qualitativa,
utilizando como procedimento uma entrevista. Realizou-se uma entrevista com a
psicóloga residente em um Hospital do Rio Grande do Sul, que atua no programa
adulto crítico, abrangendo áreas da emergência e do CTI (centro de tratamento
intensivo). Durante a realização da mesma, a entrevistada discorreu sobre a
rotina no atendimento psicológico realizado com os pacientes, relatando que
ocorrem por meio de rounds multidisciplinares, também conhecidos como
visitas/rondas à beira do leito, com o intuito de realizar uma ação que
valoriza tanto a complexidade dos cuidados intensivos, como a comunicação entre
os profissionais envolvidos. Para um melhor atendimento, existe uma equipe multidisciplinar
composta por nutricionistas, enfermeiros, médicos, fonoaudiólogos,
fisioterapeutas e assistentes sociais. Além dos rounds, acontecem também
estudos de caso que ocorrem uma vez por semana na emergência, onde é escolhido
um caso para discussão, abarcando todas as áreas profissionais, para que haja
uma troca de experiência e embasamento teórico para as condutas realizadas, com
o intuito de atingir uma atenção à saúde integral e humanizada. Ela ainda
ressalta que um dos maiores desafios enfrentados é estar em um ambiente
complexo, trabalhar passando as vezes por situações não aprofundadas durante a
graduação, além das limitações pessoais ou até mesmo habilidades que ainda não
foram desenvolvidas. Contudo uma das maiores conquistas é presenciar a melhora
através dos atendimentos, mesmo estando inseridos em um contexto doloroso e
talvez o mais crítico na vida do sujeito. O presente artigo teve a intenção de mostrar
como funciona o trabalho do psicólogo hospitalar, como é sua rotina, seus
maiores desafios e recompensas. Este campo da psicologia lida com o social e
com a individualidade e essência de cada um, estudando o comportamento humano
no contexto da saúde e da doença. Sendo assim, pode-se concluir que é
imprescindível que sejam realizados mais estudos acerca deste assunto, pois é
necessário haver a sensibilização da relevância desse profissional no âmbito
hospitalar.
REFERÊNCIAS
YAMAMOTO, O. H.
Trindade, L. C. B. O. & Oliveira, I. F. (2002). O psicólogo em hospitais no
Rio Grande do Norte. Psicologia USP, 13, 217-246.
YAMAMOTO, O. H.
; CUNHA, I. M. F. F. O. O psicólogo em hospitais de Natal: uma caracterização
preliminar. Psicologia, Reflexão e Crítica, v. 11, n. 2, Porto Alegre, 1998.
Autores são acadêmicos de Psicologia da Centro Universitário - UNIVEL
Aléxia Maciel dos Santos
Daiane de Quadros Ossovski
Isadora Galeski
Júlia de Carvalho
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